06/03/2025

Quais as melhores plantas para um jardim de baixa manutenção?

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Sabia que existem mais de 4.000 espécies de plantas autóctones em Portugal? Esta riqueza natural é uma boa notícia para quem procura plantas de jardim com pouca manutenção para criar um espaço exterior bonito e harmonioso, mas pouco exigente. Afinal, a flora já adaptada ao nosso clima acaba por ser mais fácil de cuidar.

No entanto, se está na dúvida sobre que plantas escolher e como criar um espaço verde ideal para a sua família, a VIPLANT pode ajudar.

O que são plantas de baixa manutenção?

Como o nome indica, consideram-se plantas de baixa manutenção espécies que exigem menos cuidados, seja ao nível da rega, das poda/limpezas ou frequência de fertilização. Nesse sentido, apostar em plantas da flora nativa é uma excelente solução por estas já se encontrarem adaptadas às condições do nosso país e não requerem cuidados redobrados.

Algumas das vantagens de apostar nas plantas autóctones da flora portuguesa e mediterrânea são:

  • Evoluíram para se adaptar ao nosso clima e ao nosso solo, suportando longos períodos sem chuva,  requerendo regas menos frequentes e adubações mais espaçadas;
  • Desenvolveram uma resistência natural a pragas e doenças locais, exigindo menos tratamentos e pesticidas;
  • Ecologicamente são mais sustentáveis pois contribuem para a biodiversidade local, sendo um habitat para muitos animais e atraindo igualmente polinizadores.

Quais são as melhores plantas para um jardim de baixa manutenção? 

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Quais as melhores plantas para um jardim de baixa manutenção? 4

Entre as plantas de jardim com baixa manutenção, incluindo autóctones, temos:

  • Medronheiro (Arbutus unedo): conhecido pela aguardente que se faz do seu fruto, este arbusto é muito resistente tanto ao calor quanto ao frio e é muito ornamental;
  • Murta (Myrtus communis): muito aromática, pode atingir os 3 metros e cobre-se de flores brancas na primavera e no verão:
  • Alecrim (Rosmarinus officinalis): este popular e adorado arbusto aromático tem uma floração azulada que surge na primavera;
  • Esteva (Cistus ladanifer): ideal para solos secos e expostos ao sol, diz a lenda popular que as cinco marcas vermelhas nas suas flores são as chagas de Cristo;
  • Zimbro (Juniperus communis): perfeito para bordas de canteiros, é muito versátil e usado da gastronomia à perfumaria;
  • Loureiro (Laurus nobilis): usado nas “coroas” dos vencedores e popular na culinária, esta planta desenvolve-se em arbusto ou árvore e chega a 6 metros de altura.
  • Oliveira (Olea europaea var. europaea): com elevada relevância na cultura portuguesa, esta planta caracterizada pelos seu tronco grosso acinzentado, com formas irregulares e folhagens densas em tons acinzentados e verdes.
  • Cevadilha (Nerium oleander): é um arbusto muito resistente a todas as classes de solos e a condições adversas. Quer seja no jardim ou no terraço, mantém-se vivaz durante as estação mais quente do ano, acabando por oferecer raminhos de flores até ao outono.
  • Corriola (Convolvulus): arbustos muito resistente com uma flor que é muito apreciada pela beleza que confere a qualquer jardim e gosta de pleno sol.
  • Teucrium (Teucrium fruticans): é um arbusto persistente de folhagens em tons verde cinza e flor violeta. A sua utilização pode ser feita diretamente na cobertura do solo, através de estacas ou intercalada com outras espécies.
  • Loureiro-do-jardim (Viburnum tinus): de copa densa e arredondada, com folhagens ovais e decorativas em tons de verde, este arbusto perenifólio facilmente atinge uma altura superior aos 3 metros.
  • Rosmaninho (Lavandula stoechas): é um subarbusto perene, de médio porte, que vive em condições relativamente simples e é muito procurado pelo seu aroma associado à tranquilidade e pureza.

Como criar jardins de baixa manutenção?

Primeiro, é preciso esclarecer que os jardins são ecossistemas vivos que precisam de atenção. Embora os jardins de baixa manutenção sejam menos exigentes, vão sempre necessitar de alguma atenção e de cuidado.

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Quais as melhores plantas para um jardim de baixa manutenção? 5

Como preparar um jardim fácil de manter?  

Para criar um jardim de baixa manutenção, deve considerar alguns princípios fundamentais:

Solo

Antes de plantar, garanta que tem um substrato rico e bem preparado para se assegurar que as plantas crescem e permanecem saudáveis sem necessidade de cuidados diários. Além disso, e algumas plantas, poderá recorrer a de cobertura orgânica (mulching) – como casca de pinheiro ou estilha – que protegerá o solo contra o vento e o frio, conservar a humidade e minimizar o aparecimento de infestantes.

Flora

Usar plantas de baixa manutenção é, cada vez mais, uma obrigação. Ao escolher plantas nativas da flora de Portugal, bem-adaptadas ao nosso clima e solos, vai exigir menos cuidados e maximizar a sustentabilidade, sobretudo se agrupar plantas com necessidades similares de água e luz solar.

Rega e adubo

Torne mais eficiente a utilização da água com um sistema de rega gota-a-gota, de preferência automático.  Programe as regas quando o tempo começa a ficar mais quente e seco e agende para as manhãs e/ou fins de dia para maximizar a retenção de água pelas plantas e reduzir a sua evaporação. Verá que o mulching,  ajudará também a reter humidade o que é benéfico para algumas plantas.

Outras considerações

Adicionalmente, para otimizar a manutenção de jardim, se puder escolher o formato dos relvados e canteiros, opte por formas retangulares. Estas são mais práticas e exigem menos tempo de cuidados.

Caso esteja a pensar em adubar, opte por um adubo de libertação lenta para as plantas do seu jardim de baixa manutenção. Estes são ótima opção para quem quer manter as plantas nutridas, garantindo um crescimento equilibrado e com baixa frequência de aplicação dado que pode durar até seis meses ajudando a economizar tempo e recursos. 

Um jardim lindo e fácil de manter

Criar um jardim de baixa manutenção com plantas autóctones representa, sem dúvida, uma escolha inteligente e sustentável. Não se esqueça de seguir estas dicas para garantir que o seu espaço é saudável e que consegue, efetivamente, economizar tempo e recursos, contribuindo ainda para preservar a nossa biodiversidade local.