Suculentas: 4 mitos e verdades sobre estas plantas
As suculentas têm conquistado cada vez mais admiradores. Fáceis de cuidar, com formas peculiares e cores vibrantes, parece que já não há uma única casa que não tenha uma. No entanto, com esta popularidade vieram também alguns mitos sobre os cuidados a ter com as suculentas.
Neste artigo, vamos desvendar alguns segredos e dar-lhe informações valiosas para conseguir que as suas plantas se mantenham saudáveis, viçosas e bonitas.
Mito 1: As suculentas não gostam de água
Um dos mitos mais comuns é que as suculentas não gostam de água. Contudo, isso não é verdade. Afinal, todas as plantas precisam de água para sobreviver e as suculentas não são uma exceção. A diferença está apenas na quantidade de água e na frequência das regas.
Verdade 1: As suculentas armazenam água
As suculentas possuem umas células especiais que permitem armazenar água nas folhas, nos caules ou nas raízes. Embora seja uma das características que as tornam tão adaptáveis e resistentes a condições de seca, não significa que não precisem de ser regadas.
A quantidade de água e a frequência das regas dependem de vários fatores, a saber:
- O clima;
- A humidade no ambiente;
- O tipo de solo;
- A espécie de suculenta.
Por exemplo, algumas espécies de suculentas armazenam maiores quantidades de água e outras possuem reservas menores. Por isso, deve descobrir as necessidades específicas de cada planta e adaptar os cuidados.
Em geral, as suculentas preferem um solo drenado e não gostam de encharcamento. Ou seja, o ideal é regá-las quando o solo estiver seco. Quer uma dica? Use o seu dedo para verificar se o solo está húmido ou seco. Se estiver seco, é hora de regar. Caso contrário, espere alguns dias.
Mito 2: As suculentas não precisam de sol
Mais um mito comum. Embora algumas suculentas tolerem condições de pouca luz, a maioria precisa de luz solar para crescer e desenvolver-se adequadamente.
Verdade 2: As suculentas têm diferentes necessidades de luz
Estas plantas adaptaram-se a ambientes ensolarados e áridos. Por isso, a luz solar é essencial para a fotossíntese e produção de energia das suculentas. Sem luz solar adequada, podem ficar fracas e com cores desbotadas.
No entanto, é importante entender que cada espécie tem as suas próprias necessidades. Há suculentas, como os Lampranthus e os Sedums, que suportam sol pleno e exposição direta, mas outras, como as Haworthias e as Gasterias, preferem sombra parcial ou luz indireta.
Para saber a quantidade de luz de que as suculentas precisam, observe a aparência e o comportamento das plantas. Se as folhas começarem a ficar estioladas, ou seja, esticadas, espaçadas ou perderem a cor, podem não ter luz solar suficiente. Por outro lado, se as folhas ficarem queimadas, amareladas ou murchas, poderão estar a receber demasiada luz solar.
Regra geral, recomenda-se colocar as suculentas perto de janelas onde bate o sol, para receberem luz solar. Caso não seja possível, algumas luzes led podem ajudar a suprir esta necessidade, sobretudo se tiverem uma cor semelhante à luz do dia, ou seja, de aproximadamente 6500 kelvin.
Mito 3: As suculentas não precisam de poda
Corrigimos: as suculentas não precisam de uma limpeza tão regular como outras plantas, mas é muito benéfico limpá-las ocasionalmente.
Verdade 3: Algumas suculentas podem beneficiar da poda
Existem diversos motivos para podar as suculentas:
- Remover partes danificadas;
- Estimular um crescimento mais compacto;
- Controlar o tamanho da planta;
- Promover o aparecimento de flores e rebentos.
Se a sua suculenta cresce de maneira desordenada, pode ser interessante realizar um corte ordenado para incentivar um crescimento mais compacto. Para isso, basta cortar os rebentos alongados e permitir que a planta se ramifique de modo mais denso.
Antes de mais, pesquise sobre a espécie de suculenta que tem em casa e perceba como o corte poderá afetar o crescimento e a saúde da planta. Além disso, utilize ferramentas limpas e afiadas para evitar danificá-la.
Mito 4: As suculentas não dão flores
As suculentas são plantas adaptadas a ambientes áridos, pelo que florescem como uma maneira de atrair polinizadores em condições desafiantes. Isto é, diversas suculentas são capazes de produzir flores bonitas e coloridas que acrescentam ainda mais beleza às suas formas únicas.
Verdade 4: Algumas suculentas produzem flores muito bonitas
O aparecimento de flores nas suculentas depende de vários fatores, por exemplo:
- Espécie da planta;
- Idade da planta;
- Regas adequadas;
- Solo drenado;
- Nutrientes necessários;
- Quantidade de luz solar.
As flores das suculentas surgem numa grande variedade de formas, cores e tamanhos. Por exemplo, a suculenta Echeveria é conhecida pelas flores em formato de sino. Já a suculenta Kalanchoe daigremontiana produz pequenas flores em tons de laranja e vermelho.
Portanto, se quer ver flores, escolha uma espécie conhecida por tê-las e ofereça condições adequadas de cultivo. Além disso, lembre-se de que nem todas as suculentas florescem com a mesma frequência ou intensidade, que as flores podem ser mais simples ou complexas e que a duração também pode variar.
Mito 5: Deve retirar-se o pó das suculentas
Muitas suculentas possuem, sobre as suas folhas, uma substância pulverulenta que poderá parecer sujidade aos jardineiros menos experientes. Estas ceras ou pós atuam como uma espécie de protetor solar, protegendo a planta da sobreposição solar e queimaduras consequentes. Ao manipular estas plantas deverá evitar retirar as ceras pois estará a comprometer a resistência da sua planta.
Mito 6: Nenhuma suculenta é comestivel
Conhece o figo-da-índia (Opuntia ficus-indica) ou a pitaia (Hylocereus undatus)? Se ainda não provou, certamente já ouviu falar. Estes deliciosos frutos são provenientes de suculentas e comprovam que estamos perante mais um mito. Mas atenção, muitas suculentas não são comestíveis e algumas chegam mesmo a ser tóxicas se ingeridas!
Mitos e verdades sobre suculentas
Agora que conhece mais algumas particularidades sobre as suculentas e que percebeu quais os mitos a que deve estar atento, já se pode dedicar a um cultivo mais consciente destas plantas fascinantes. Não se esqueça de pesquisar sobre cada espécie, de observar as suas suculentas e de adaptar os cuidados às características particulares de cada uma.